Fim de Gray
Muta mudo no imenso barulho de si
Constante enquanto mutante
Mocidade trocada pela paz da alma
Não há marcas aparentes
Dos crimes e castigos
Calas e consentes
Consciência se faz ausente
Refém da própria vaidade
Perseguido pelo medo da eternidade
Já não conheces mais a volta
Peste do passado lhe ronda
Lhe atormenta
E só conheces o jogo da derrota
Antes fosse só a peste
Há agora a besta
Teima e urra e ensurdece
Já não mais são da própria verdade
Não pode mais conviver com a besta
Cravas uma faca na imagem do mal
Morta está a besta
Morta está a peste
Morto está o tormento
Acabas de matar a si mesmo.