terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Passe, fico

Eles tiram o colete
Mas tiram pra quem?
Pra você? Ou pra eles?
Falam, gritam e berram confiança
Não consigo entender
Treinados a desconfiar, tem que aprender
Aprender sobre esperança.
Esperança quanto as quebradas
Que antes invandia
E agora tem cidadania
Ou pelo menos agora legitimada
E o povo que antes era invadido
Tem acreditar que o invasor
Se tornou o seu protetor
Que sem colete, não há bandido
O passado ainda é presente
Presente no dia-a-dia do invasor
Deixado nas marcas do invadido
Mas não se esquece a verdade
A favela não confia na nobreza
A nobreza não confia na favela
Ninguém confia em ninguém
E muito menos na PM.

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